Estatal está desenhando plano estratégico 2019-2013 focando na redução da dependência do petróleo, que responde por cerca de 80% nos negócios da companhia
Em meio à crise dos combustíveis gerada pela greve dos caminhoneiros em todo o país, a Petrobras está desenhando plano estratégico 2019-2013 focando na redução da dependência do petróleo, que responde por cerca de 80% nos negócios da companhia, e na ampliação a participação do gás natural, de apenas 17%.
“A maioria das empresas do setor são mais integradas e têm uma participação mais equilibrada de 50% de petróleo e 50% de gás. Algumas anunciam que já estão com 60% dos negócios em gás. Olhando nosso portfólio, temos que aumentar nossa participação no mercado de gás e no plano estratégico 2019-2020, que será anunciado no segundo semestre, vamos buscar novas fontes de gás natural na cadeia e integrá-lo ao mercado”, adiantou o diretor executivo de Estratégia, Organização e Gestão da Petrobras, Nelson Luiz Costa Silva, no painel “Dinamizando os mercados de energia: como manter o ritmo?”, nesta quarta-feira (30/05) durante o segundo dia do Fórum de Investimentos Brasil 2018, em São Paulo. Na capital paulista, por exemplo, a frota de táxi que continuou rodando no meio da greve dos caminhoneiros foi apenas a movida à gás natural, pois os postos são abastecidos por meio de gasodutos.
Investimentos
Apesar das incertezas na economia e no cenário político do país, o presidente da Siemens no Brasil, André Clark, demonstrou otimismo e afirmou no mesmo painel que a companhia pretende ampliar os investimentos no território brasileiro. “Pretendemos triplicar nossos investimentos no Brasil e achamos isso inexorável. Acreditamos que a questão brasileira é crescimento econômico e esse crescimento econômico terá de vir dos investimentos em infraestrutura, principalmente, em energia”, avisou. “Somos otimistas no médio e no longo prazos. Cada R$ 1 bilhão de investimento em energia gera resultados diretos na reindustrialização do Brasil”, acrescentou ele, elogiando as mudanças feitas pelo governo no marco regulatório do setor.
Fonte: O Petróleo